A melhor forma de projetar o futuro é criando-o. Aprender com as experiências vividas é algo do dia-a-dia do empreendedor, porque errar o que outra pessoa já errou? Por outro lado, quando queremos inovar, não temos referências, pois é tudo novo. O Cenário que estamos vivendo é de completa inovação, não temos referências, por isso temos que criar o nosso futuro. Porém, como obter referências se ainda está começando? Ou como ter clareza de como empresas e os consumidores vão se comportar se o seu negócio é pequeno e local?
Nesses momentos é sempre bom ouvir empreendedores de sucesso e como eles saíram de momentos de dificuldade. Esse foi o tema da conversa que aconteceu entre Fernando Kunzel, fundador e CEO da L6 Capital e Duda Mendes, CEO da VOA Hotéis e fundador do Hotel Urbano.
O Hotel Urbano
Começando pelo início, Duda contou como foram os primeiros passos do Hotel Urbano, seu segundo empreendimento, em meados de 2010. Em um cenário com muitos hotéis brasileiros com quartos vazios, a empresa nasceu para suprir a carência de uma plataforma online dedicada à hotelaria em que os clientes pudessem buscar por meios de hospedagem. “Não existe produto mais perecível no mundo do que o hoteleiro com o quarto vazio”, afirma ele.
A VOA Hotéis
Nove anos depois surge a VOA Hotéis com um propósito semelhante, de ajudar a hotelaria brasileira, dessa vez acelerando a sua digitalização. A empresa atua como uma rede digital de hotéis porque foca em implantar nas propriedades softwares de gestão e distribuição hoteleira. O foco da VOA é o que o Duda denomina como “cauda longa”: ajudar os pequenos e médios hoteleiros que não pertencem à grandes redes e estão fora dos grandes centros.
Lidando com crises
Com uma década de experiência em empreender, Duda passou por algumas crises. Segundo ele, o empreendedor precisa ter um mindset para olhá-las como oportunidade e incorporá-las à sua rotina. Essa é o mundo real do empreendedorismo. É um bom momento para revisitar o seu modelo de negócios, o que você entrega de valor para o seu cliente, se reestruturar e para isso, precisa ser criativo.
No começo da pandemia, paramos, olhamos para dentro e pensamos “Temos duas alternativas: parar a VOA e esperar o mercado voltar ao normal para não termos custos, ou seguir em frente.” Qual opção os sócios escolheram? Entenderam que era o momento em que os hoteleiros mais precisariam da nossa empresa. Por isso estudaram dados dos primeiros meses de operação, revisitaram o modelo de negócios - preservando a essência da companhia - e expandiram a contratação de hotéis.
O caminho para a hotelaria brasileira
Perguntado sobre o futuro da hotelaria do país e a possibilidade desta continuar com uma característica familiar, Duda disse que acredita que esse cenário não irá mudar. A saída para os hotéis familiares e independentes será se profissionalizar sobretudo no quesito distribuição. Durante muitos anos desamparados pelas grandes redes e pelo setor bancário do país, o hoteleiro agora tem uma solução no mercado que é a VOA. O foco é aumentar não só a receita do hotel, mas também seu lucro. Incrementando receita e diária média. “O melhor investimento é cliente na porta do hotel.” afirma ele. Com mais receita, o hoteleiro precisa menos recorrer a crédito.
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